Lembro como se tivesse sido ontem. O que não significa muita coisa, minha memória é péssima, nem lembro o que almocei ontem.
Enfim, o ano era 1988, estávamos eu e um amigo meu, o Bellini, saindo da escola e resolvemos dar uma parada na banca de jornal da esquina antes de tomar o rumo de casa. Eu tinha 14 anos, estava na 7a. série e ainda não existia a internet, de forma que era praticamente obrigatório dar uma olhadinha nas capas de revistas pornô que ficavam penduradas por lá.
Interrompendo meu entretenimento, o Bellini me chama e me aponta uma revista com capa muito maneira do Batman que tinha acabado de sair: O Cavaleiro Das Trevas. Nem teve o que pensar, comprei na hora! E mês após mês, fui comprando os demais capítulos e devorando tudo em poucas horas. Lia e relia. E foi tão revolucionário que ainda hoje seria capaz de desafiar a regra dos 15 anos e reler a qualquer momento aquela Graphic Novel, com o mesmo entusiasmo (Nota mental: a regra dos 15 anos também se aplica aos quadrinhos?).
Cara, o final dos anos 80 foi uma época incrível para os amantes dos quadrinhos. Além do Cavaleiro Das Trevas, tivemos também Batman - Ano 1, A Piada Mortal, Surfista Prateado, Guerra de Luz e Trevas, O Demônio Da Mão De Vidro, Fusão (com Wolverine e Destrutor), Ronin, Elektra Assassina, Sandman, Watchmen...
Ah, Watchmen, Watchmen... Nem tenho palavras para poder expressar com exatidão tudo o que esta obra significou para mim e para milhares de outros nerds. Noites mal dormidas tentanto imaginar quem seria o FDP que estava sacaneando com os nossos, desde já, personagens preferidos. Seria o Dr. Manhatan, só pra sacanear? Seria o Adrian Veidt? Seria algum dos antigos Minutemen? E porque estariam fazendo isso? E porque tem no meio do HQ tipo um livro do Hollis Mason? E o que tem a ver, afinal de contas, aquele maldito Contos do Cargueiro Negro? PQP, quanto mistério para um adolescente com a mente ainda em formação...
No final, evidentemente, tudo fez sentido e fiquei com a sensação que minha vida tinha mudado um pouquinho, tinha ficado um pouco mais adulto, em virtude de ter tido o privilégio de ler aquela obra na época certa da minha vida.
Todo esse rodeio foi só para deixar registrado aqui que amanhã, dia 6 de março de 2009, depois de muita especulação ao longo dos anos, será lançado em muitas praças, Brasilsão incluído, o filme que a nerdaiada toda está esperando já há 2 décadas.
Tenho certeza que não importa quão bom o filme seja, não vai mudar em nada minha vida. Para ser franco, a única coisa que desejo é que esse filme não seja tão frustrante como foi aquele Batman, o do Tim Burton, de 1989.
6 de março de 2009
4 de março de 2009
Começando a blogar. De novo.
Estou começando a blogar.
Já faz 3 anos que estou começando a blogar.
Geralmente as coisas acontecem na seguinte ordem: a) Crio um texto e faço a postagem, b) 5 meses depois posto um vídeo do YouTube (ou uma foto do flickr, ou um link engraçadinho, ou whatever), c) 5 meses depois desisto de tudo e, finalmente, d) 5 meses depois volto ao ítem "a" novamente.
O que estou fazendo de errado? Nada, há 5.000.000 de blogueiros no Wordpress e no Blogspot que seguem a mesma receita e estão lá, felizes da vida. Eles não mantém seus blogs ativos por causa de seu conteúdo "relevante", nem por causa de Adsense, nem por consideração a todos os seus (meia dúzia de) leitores.
Na verdade não faço a menor ideia do motivo que leva uma pessoa a manter um blog cheio de letrinhas supercoloridas, com a diagramação toda torta e um erro de português atrás do outro. Nada de bom pode sair daí. Porém, não é minha intenção estudar aqui o fenômeno sociológico da - para alguns - maldita inclusão digital.
Visitando rapidamente a blogosfera, percebi que dentre os blogs com Q.I. aceitável, que me fazem querer voltar lá de vez em quando, o conteúdo é sólido, constante e geralmente direcionado a um assunto específico, por exemplo esportes, ou tecnologia, ou mesmo "dicas para blogs" (que por sinal visitei bastante nos últimos dias).
Claro, nem todo mundo é especialista em assuntos que possam despertar interesse de determinado nicho, e os que, como eu, se enquadram nesse perfil, acabam escrevendo sobre assuntos de interesse geral, diversificando o texto (o que geralmente não é ruim) e diluindo bastante o público (o que geralmente não é bom).
O fato é que, conforme li no blosque, o que define ou não o sucesso de um blog depende da expectativa e dos objetivos do próprio autor.
Eu, por exemplo, me satisfaço em apenas manter um local para esporadicamente publicar meus textos e trocar ideias com quem os tiver lido, mesmo que não passem de meia dúzia de gatos pingados.
Enfim, como já se passaram 5 meses desde minha última incursão no mundo dos blogs, chegou a hora de voltar àquele ítem "a" novamente, mas espero ser capaz de manter a constância desta vez.
Em todo caso, desde já agradeço sua visita e na pior das hipóteses, pelo menos espero vê-lo por aqui daqui a 5 meses...
Já faz 3 anos que estou começando a blogar.
Geralmente as coisas acontecem na seguinte ordem: a) Crio um texto e faço a postagem, b) 5 meses depois posto um vídeo do YouTube (ou uma foto do flickr, ou um link engraçadinho, ou whatever), c) 5 meses depois desisto de tudo e, finalmente, d) 5 meses depois volto ao ítem "a" novamente.
O que estou fazendo de errado? Nada, há 5.000.000 de blogueiros no Wordpress e no Blogspot que seguem a mesma receita e estão lá, felizes da vida. Eles não mantém seus blogs ativos por causa de seu conteúdo "relevante", nem por causa de Adsense, nem por consideração a todos os seus (meia dúzia de) leitores.
Na verdade não faço a menor ideia do motivo que leva uma pessoa a manter um blog cheio de letrinhas supercoloridas, com a diagramação toda torta e um erro de português atrás do outro. Nada de bom pode sair daí. Porém, não é minha intenção estudar aqui o fenômeno sociológico da - para alguns - maldita inclusão digital.
Visitando rapidamente a blogosfera, percebi que dentre os blogs com Q.I. aceitável, que me fazem querer voltar lá de vez em quando, o conteúdo é sólido, constante e geralmente direcionado a um assunto específico, por exemplo esportes, ou tecnologia, ou mesmo "dicas para blogs" (que por sinal visitei bastante nos últimos dias).
Claro, nem todo mundo é especialista em assuntos que possam despertar interesse de determinado nicho, e os que, como eu, se enquadram nesse perfil, acabam escrevendo sobre assuntos de interesse geral, diversificando o texto (o que geralmente não é ruim) e diluindo bastante o público (o que geralmente não é bom).
O fato é que, conforme li no blosque, o que define ou não o sucesso de um blog depende da expectativa e dos objetivos do próprio autor.
Eu, por exemplo, me satisfaço em apenas manter um local para esporadicamente publicar meus textos e trocar ideias com quem os tiver lido, mesmo que não passem de meia dúzia de gatos pingados.
Enfim, como já se passaram 5 meses desde minha última incursão no mundo dos blogs, chegou a hora de voltar àquele ítem "a" novamente, mas espero ser capaz de manter a constância desta vez.
Em todo caso, desde já agradeço sua visita e na pior das hipóteses, pelo menos espero vê-lo por aqui daqui a 5 meses...
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