30 de janeiro de 2011

Gantz - O filme

Você tem uma arma na mão e um monstro na sua frente. O que você faz? Atira no monstro, certo?

Não em Gantz.

No mangá e no anime eles não atiram porque os personagens tem alguns "conflitos morais" para resolver antes de apertar o gatilho. No filme não atiram simplesmente porque os personagens são idiotas.

Entendo que seja impossível resumir satisfatoriamente um mangá de 30 volumes em um filme de 2 horas, mas o live action de Gantz passou muito longe de transmitir a essência da história de Hiroya Oku.

Quando li os primeiros volumes do mangá consegui simpatizar com os personagens. Eles tem características que os tornam interessantes. Kurono transborda frustração, Kato bom mocismo e Kishimoto é tudo menos o que mostraram na tela grande.

Não que os atores sejam ruins, muito pelo contrário. Ninomiya (Kurono) provou competência em Cartas de Iwo Jima e Matsuyama (Kato) em Death Note, interpretando L.

Não sou crítico de cinema, não vou arriscar dizer o que está mal neste filme. O fato de alienígenas do planeta das cebolinhas serem mais críveis que o romance entre 2 seres humanos é um indicativo de que algo está errado. Talvez seja o roteiro, talvez seja a direção. Não sei.

Ou talvez eu esteja sendo ranzinza demais. Fui ver o filme no dia da estréia aqui no Japão e o cinema estava lotado. As pessoas pareciam estar gostando, afinal é um filme de ação cheio de efeitos especiais de boa qualidade.  Mas que eu achei muito arrastado, sem ritmo, uma decepção.

3 comentários:

Unknown disse...

o anime também é bem arrastado.

Jefferson disse...

se existe uma coisa que me deixa um pouco inquieto é a mudança de roteiro,e pior por nada como se vê no filme,coisas acontencem muito rapido a falta de imersão dos personagens fazendo com que nao tenhamos ligação alguma com nenhum,foi legal ver cenas desse mangá que gosto tanto nas telonas mas nao me agradou quanto esperava mesmo ficando espaço pra uma continuação.

marumaki disse...

@Jefferson Se serve de consolo, fui ver a parte 2 ontem (Gantz: Perfect Answer) e foi uma experiência bem menos irritante.